domingo, 24 de outubro de 2010

Metas de aprendizagens para o Pré-escolar

Aqui estão as "novas" metas para a Educação Pré-escolar e o 1º ciclo, em versão resumida, publicadas recentemente pelo Ministério da Educação:

Conhecimento do Mundo


A área de “Conhecimento do Mundo” abarca o início das aprendizagens das diferentes ciências naturais e humanas, no sentido do desenvolvimento de competências essenciais para a estruturação de um pensamento científico cada vez mais elaborado, que permita à criança compreender, interpretar, orientar-se e integrar-se no mundo que a rodeia.


Esta área foi, assim, subdividida em três domínios:

- Localização no espaço e no tempo;


- Conhecimento do ambiente natural e social;


- Dinamismo das inter-relações natural-social.


Linguagem Oral e Abordagem à Escrita

No final da educação pré-escolar, espera-se que as crianças mobilizem um conjunto de conhecimentos linguísticos determinantes na aprendizagem da linguagem escrita e no sucesso escolar. Pela sua importância, salientam-se a capacidade de interacção verbal, a consciência fonológica e a manifestação de comportamentos emergentes de leitura e de escrita.

 

Expressões

A apresentação das metas para as “Expressões” baseia-se nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar integrando, as Expressões Motora, Plástica, Musical e Dramática que surge, como se explica na introdução própria, com a designação de Expressão Dramática/Teatro. Acrescenta-se ainda a Dança, que surge nas Orientações Curriculares na intersecção das Expressões Musical e Motora e que, como todas as outras formas de Expressão deve ser vista numa perspectiva integrada.

No entanto, e na intenção de facilitar a continuidade com os ciclos seguintes, as Expressões ditas “artísticas” – Plástica, Musical, Dramática/Teatro e Dança - estão estruturadas de acordo com os mesmos quatro domínios em que assenta o desenvolvimento das competências em “Literacia nas Artes” no Ensino Básico:

1. Apropriação das linguagens elementares das artes,
2. Desenvolvimento da capacidade de expressão e comunicação,
3. Desenvolvimento da criatividade
4. Compreensão das artes no contexto.

Com estes domínios cruzam-se três sub-domínios, que os complementam e especificam:

1. Experimentação e Criação
2. Fruição e Análise
3. Pesquisa.

Por seu turno, na organização da Expressão Motora são utilizadas as designações empregues para a Educação Físico Motora no 1º ciclo do Ensino Básico.


Matemática

É na educação pré-escolar que as crianças começam a construir a sua relação com a Matemática, aspecto fundamental no desenvolvimento das aprendizagens futuras. A matemática está presente nas brincadeiras das crianças, cabendo ao educador um papel crucial, nomeadamente: no questionamento que promove; no incentivo à resolução de problemas e encorajamento à sua persistência; no proporcionar acesso a livros e histórias com números e padrões; no propor tarefas de natureza investigativa; na organização de jogos com regras; no combinar experiências formais e informais utilizando a linguagem própria da Matemática (o mesmo número que…, a mesma forma que…, esta torre é mais alta que…).

Assim, no dia a dia de uma sala do pré-escolar existem inúmeras oportunidades para trabalhar matemática e designadamente a resolução de problemas. Deste modo, as crianças à entrada do 1.º ciclo possuem um conjunto de conhecimentos de Matemática que é necessário ter em conta. As metas que a seguir se indicam constituem os desempenhos esperados no final da educação pré-escolar e devem constituir um referencial, quer para os educadores de infância, quer para os professores do 1.º ciclo. Estão organizadas por temas como no 1.º ciclo e é pressuposto que as capacidades transversais, e em especial a resolução de problemas, se desenvolvam de modo integrado nos diferentes temas, daí a sua explicitação em cada um deles.


Formação Pessoal e Social

A definição de metas finais para a área Formação Pessoal e Social integra-se no espírito com que esta área é apresentada nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, que a diferenciam pela sua importância e intencionalidade próprias, embora reconhecendo-a como área transversal e integradora, que se inscreve em todas as outras.

Mas, ao estabelecer algumas aprendizagens essenciais a realizar durante a educação pré-escolar para que cada criança possa continuar a aprender ao longo da vida “tendo em vista a plena inserção na sociedade como ser autónomo livre e solidário”, convém lembrar que estas aprendizagens se situam num processo em construção, que está intimamente relacionado com o tipo e a qualidade de experiência de vida em grupo que são proporcionados no jardim-de-infância e com o modo como são abordados os diferentes conteúdos e organizadas as actividades.


Tecnologias de Informação e Comunicação

A proposta de metas que a seguir se apresenta não pretende esgotar ou limitar as oportunidades de aprendizagem que se podem proporcionar a crianças em idade pré-escolar, constitui-se antes como um quadro de referência que permite clarificar e situar as aprendizagens que asseguram à criança condições para abordar com sucesso a etapa seguinte. Neste sentido, decidiu-se organizar as metas em articulação estreita com as quatro áreas de competência em TIC:

• Informação – Capacidade de procurar e de tratar a informação de acordo com objectivos concretos: investigação, selecção, análise e síntese dos dados.

• Comunicação - Capacidade de comunicar, interagir e colaborar usando ferramentas e ambientes de comunicação em rede como estratégia de aprendizagem individual e como contributo para a aprendizagem dos outros.

• Produção – Capacidade de sistematizar conhecimento com base em processos de trabalho com recurso aos meios digitais disponíveis e de desenvolver produtos e práticas inovadores

• Segurança – Capacidade para usar recursos digitais no respeito por normas de segurança.


Podem consultar o texto completo abrindo este link:
http://www.metasdeaprendizagem.min-edu.pt/educacao-pre-escolar/metas-de-aprendizagem/metas/?area=44&level=1

Os Ovos misteriosos

A história "Os ovos misteriosos" da Luísa Ducla Soares é deliciosa e retrata uma mãe galinha que aceita todos os seus filhos (mesmo que não sejam mesmo "seus") e ama-os da mesma maneira, incondicionalmente. Através desta história, podemos mostrar e falar com as crianças sobre temas tão variados e importantes como a aceitação da diferença (de sexo, religião, raça, nacionalidade, física...), a adopção, as famílias mono-parentais, a solidariedade, o amor e a cumpliciade entre irmãos, o amor maternal e filial, a gratidão e muitos mais. Ainda por cima está escrito de uma maneira soberba, num estilo ao qual já nos habituou esta autora.
Este vídeo foi realizado pela turma B de 1ºano da EB1 Devesinha e ilustra esta história.

Reggio Emilia

No âmbito da disciplina Metodologia Didáctica Geral e Específica, realizamos o seguinte trabalho sobre o modelo pedagógico Reggio Emilia.
Não conhecia este modelo mas, sem saber, utilizo na minha praxis alguns valores característicos deste modelo tais como a valorização da cultura e das expressões artísticas, a envolvência da comunidade e a crença na criança activa, protagonista da sua própria aprendizagem.


os patos preferem a escola


"O TEMPO em que os animais falavam, os bichos constataram que o meio em que viviam começava a tornar-se cada vez mais complexo e havia que impor novas hierarquias, estabelecer novos parâmetros de comportamento, uma vez que já não chegavam os seus instintos inatos para enfrentar as modificações do meio. Esta necessidade deu lugar à ideia de ESCOLA: uma estrutura social, que os habilitaria, A TODOS, para enfrentar as crescentes modificações a que assistiam. Foram escolhidos os melhores animais para a docência, isto é, os reconhecidos como mais experientes, alta profissionalização nos seus domínios específicos, grandes títulos em competições. O reconhecimento destas qualificações envaideceu-os, naturalmente, e a maioria esqueceu, desde logo a razão por que estava ali. Com muitas reuniões gerais de professores, muitas reuniões de grupo, reuniões de conselho pedagógico, de departamento, de secções, reuniões de conselho executivo, etc… escolheram o seguinte currículo: Nadar, Correr, Voar, Galpar montes e saltar obstáculos.
Os primeiros alunos foram o Cisne, o Pato, o Coelho e o Gato.
Começadas as aulas, cada professor, altamente preocupado com a sua disciplina, preparava primorosamente a matéria, dava sem perder tempo, procurando cumprir o programa e a planificação do mesmo. Faziam, assim jus aos seus títulos e competências. Mas os alunos iam-se desencantando com a tão sonhada escola. Vejam o caso particular de cada aluno:
- O Cisne, nas aulas de correr, voar e galpar montes era um péssimo aluno. E mesmo quando se esforçava, ao ponto de ficar com as patas ensanguentadas das corridas e calos nas asas, adquiridos na ânsia de voar, tinha notas más. O pior era que, com o esforço e desgaste psicológico despendido nessas disciplinas, estava a enfraquecer na natação, em que era o máximo.
- O Coelho, por sua vez padecia nas matérias de nadar e voar. Como poderia voar se não tinha asas? Em se tratando de nadar, a coisa também não era fácil não tinha nascido para aquilo. Em contrapartida, ninguém melhor do que ele, corria e galpava montes.
- O Gato tinha problemas idênticos ao do coelho, nas disciplinas de natação e voo. Ele bem insistia com o professor que, se o deixasse voar de cima para baixo, ainda poderia ter êxito. Só que o professor não aceitava essa ideia louca: não estava contemplada no programa aprovado e o critério de selecção era igual para todos.
- O pato, finalmente, voava um pouquinho, corria mais ou menos, nadava bem mas muito pior do que o cisne, e desastradamente, embora com algum desembaraço, até conseguia subir montes e saltar obstáculos. Não tinha reprovações a nenhuma disciplina, como os seus restantes colegas o que fazia sumamente brilhante nas pautas finais. Os professores consideraram-no o aluno mais equilibrado, deram-lhe a possibilidade de prosseguir estudos e, com tantos “atributos”, até fomentaram nele a esperança de um dia, poder vir a ser professor.
Os restantes alunos estavam inconformados. Nada tinham contra o pato, gostavam dele, compreendiam o seu grau mínimo de suficiência a todas as disciplinas, mas, perguntavam-se: a espantosa capacidade do Coelho em saltar obstáculos, correr e galpar montes não poderia ser aproveitada para enfrentar as tais novas situações sociais, que os levaram a ter a ideia de ESCOLA? E o Gato? De nada lhe serviria correr e saltar melhor do que o pato? E que utilidade teria, para o cisne, nadar como nenhum outro? –Cada um tinha, de facto, a sua queixa justificada. Escola, pensavam eles era o local onde aperfeiçoariam as capacidades que tinham, de modo a po-las ao serviço da sociedade. Se as coisas já estavam difíceis, que fazer agora com a tremenda frustração de não servirem para nada? Foram falar com os professores. As limitações de cada um eram um facto, eles sabiam que jamais seriam polivalentes, de modo a terem grandes escolhas. Contudo, se reprovassem no ano seguinte estariam exactamente na mesma situação.
Os professores lamentaram muito. Havia um programa, superiormente estabelecido e a questão era só esta: Ninguém tinha média igual ao do pato e, por isso, na sua mediocridade, ele era, estatisticamente superior a todos.
Os outros alunos abandonaram a escola. Desde então por razões obvias a escol atrai mais os patos e, na sociedade são eles que dominam."
Este texto é muito pertinente e põe o dedo sobre várias feridas: a inadequação dos currículos aos alunos reais, o desinteresse que isso acarreta por parte dos mesmos, a indiferença de alguns docentes a todos esses factos e os rótulos colocados aos"maus" alunos, a falta de afectividade e diálogo (tão importante, ver Paulo Freire) na relação docente - aluno e sobretudo a valorização da mediocridade e aceitação cega dos ensinamentos, sem questionamento.
Hoje em dia, nas nossas escolas (e na sociedade em geral), são valorizados os "patos", medianos em tudo e bons em nada, desde que digam sim a tudo o que os professores dizem nas aulas, sem pôr nada em causa e principalmente sem pensarem por conta própria.
Eu, por não ter "patos" em casa, fui chamada várias vezes à escola mas não me importo: os filhos saem aos pais, que de "patos" também não têm nada! 

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

As Emes.

Aqui estão as Emes, nome artístico do nosso grupo, pousando ao lado do nosso trabalho em exposição, como já mencionei em texto anterior.
Aqui, no Piaget, encontrei e passei por muita coisa, mas o mais importante foi a amizade e os ombros amigos que tanto apoio me deram.
Em jeito de despedida (sim, porque isto está quase a acabar!) apraz-me dizer: Obrigada por tudo, minhas amigas, e sobretudo obrigada por serem quem são!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Feira de Outono.

Durante esta semana, fizemos doces com os frutos do nosso pomar e montamos a nossa feira de Outono, que já vai na segunda edição.
Tentamos recriar o ambiente de um feira típica do meio rural, recorrendo a alfaias antigas e a espigas de milho, visto estarmos em época de desfolhada.
Modestia à parte, ficou um espectáculo!



A Instituição onde trabalho, há quase vinte anos, chama-se Fundação Padre Manuel Pereira Pinho e Irmã e situa-se na freguesia de Válega, concelho de Ovar. Está inserida num meio agrícola, daí a pertinência da nossa feira, que só vende produtos caseiros e por isso muito saudáveis. Só esperamos alcançar o sucesso do ano passado.

As nossas mãos.

Num Semináro com o Professor José Couto, foi-nos proposto o seguinte trabalho de grupo: primeiro, desenhar livremente numa cartolina, depois, a partir desse desenho, criar um texto dramático.
Nós fizemos umas mãos (as nossas mãos) e escrevemos o seguine texto:
Num cenário vazio:(entra em cena a 1ª mão, a mão cheia, muito convencida)
- Olá, eu sou a mão cheia! Cheia de vida, cheia de cor, cheia de movimento, cheia de calor e também de amor!
(Aparece a mão simples, sarcástica)
- Ah! Ah! Ah! Tão cheia de tudo...Não sabes que a beleza está na simplicidade? Olha para o meu dedo, só tenho estes anéis que significam a minha felicidade.
(Entra a mão primaveril, altiva)
- Ó mãozinhas, desculpem, mas cheia sou eu, com toda a natureza, as suas cores, os seus aromas! Haverá mão mais bonita do que eu?!
(Entra a mão que vê, gozona)
- Espelho meu, espelho meu, haverá mão mais bonita do que eu? Abram o olho, minhas amigas, não há nada como ver o brilho do sol, a chuva das núvens e o fogo ardente de uma fogueira!
(Entra a mão dada, com um sorriso sereno)
- A verdadeira felicidade não está só no ter mas sim no ser. Sou a mão que dá carinho, que indica o bom caminho, alimenta o corpo e também a alma, cura e lava, ampara e acompanha. Sou a mão que dá sem pedir nada em troca. Todas juntas somos o mundo: de mãos dadas se faz o caminho para a felicidade.

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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Os Quatro Pilares da Educação de J. Delors

"A educação ao longo de toda vida baseia-se em quatro pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos, aprender a ser.
·         Aprender a conhecer, combinando uma cultura geral, suficientemente vasta, com a possibilidade de trabalhar em profundidade um pequeno número de matérias. O que também significa: aprender a aprender, para beneficiar-se das oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda a vida.
·         Aprender a fazer, a fim de adquirir, não somente uma qualificação profissional mas, de uma maneira mais ampla, competências que tornem a pessoa apta a enfrentar numerosas situações e a trabalhar em equipe. Mas também aprender a fazer, no âmbito das diversas experiências sociais ou de trabalho que se oferecem aos jovens e adolescentes, quer espontaneamente, fruto do contexto local ou nacional, quer formalmente, graças ao desenvolvimento do ensino alternado com o trabalho.
·         Aprender a viver juntos desenvolvendo a compreensão do outro e a percepção das interdependências - realizar projetos comuns e preparar-se para gerir conflitos - no respeito pelos valores do pluralismo, da compreensão mútua e da paz.
·         Aprender a ser, para melhor desenvolver a sua personalidade e estar à altura de agir com cada vez maior capacidade de autonomia, de discernimento e de responsabilidade pessoal. Para isso, não negligenciar na educação nenhuma das potencialidades de cada indivíduo: memória, raciocínio, sentido estético, capacidades físicas, aptidão para comunicar-se.
Numa altura em que os sistemas educativos formais tendem a privilegiar o acesso ao conhecimento, em detrimento de outras formas de aprendizagem, importa conceber a educação como um todo. Esta perspectiva deve, no futuro, inspirar e orientar as reformas educativas, tanto em nível da elaboração de programas como da definição de novas políticas pedagógicas. "

Os quatro pilares de J. Delors, apesar de terem sido escritos há já alguns anos, continuem muito actuais e pertinentes, e deveriam estar na base de toda a Educação, desde o pré-escolar até ao ensino superior.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O passeio dos triângulos

No âmbito da disciplina Evolução das Estructuras Lógico-Matemáticas e Didáctica da Matemática realizamos um livro-jogo que permite a aprendizagem da forma geométrica escolhida, o triângulo, das cores, dos tamanhos e dos números até dez, associando conceitos matemáticos à língua portuguesa, sendo o texto escrito em quadras que rimam.
Concebemos também um power-point animado, utilizando assim as novas tecnologias ao nosso dispôr.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Exposição na E.S.E J Piaget.

De uma combinação improvável da Matemática com a Ecologia nasceu uma exposição realizada pela turma de complemento. Na minha opinião está fantástica e penso que estamos todos de parabéns. O tema do nosso grupo é a preservação das dunas e o sólido matemática é a pirâmide quadrangular.
A partir desses temas criamos uma maleta ecológica para uma visita de estudo às dunas, um suporte para a mesma com elementos alusivos ao mar, um sólido geométrico só com vértices e um jogo-livro com a mesma figura geométrica. Ficam aqui as fotos para melhor ilustrar os nossos trabalhos:





Estou a brincar...





Leiam este poema da Anita Wadley! Penso que retrata na perfeição a importância de brincar, o que representa para as crianças e o quanto é essencial, vital mesmo. Como diz a autora no último verso:"Hoje, sou criança e o meu trabalho é brincar."

"Quando me virem a montar blocos
A construir casa, prédios, cidades
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender sobre o equilíbrio e as formas
Um dia posso vir a ser engenheiro ou arquitecto.

Quando me virem a fantasiar
A fazer comidinha, a cuidar das bonecas
Não pensem que estou sou a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a cuidar de mim e dos outros
Um dia, posso vir a ser mãe ou pai.

Quando me virem coberto de tinta
Ou a pintar, ou a esculpir e a moldar barro
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a expressar-me e a criar
Um dia, posso vir a ser artista ou inventor.

Quando me virem sentado
A ler para uma plateia imaginária
Não riam e achem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a comunicar e a interpretar
Um dia, posso vir a ser professor ou actor.

Quando me virem à procura de insectos no mato Ou a encher os meus bolsos com bugigangas
Não achem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a prestar atenção e a explorar
Um dia, posso vir a ser cientista.

Quando me virem mergulhado num puzzle
Ou nalgum jogo da escola
Não pensem que perco tempo a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a resolver problemas e a concentrar-me
Um dia, posso vir a ser empresário.              

Quando me virem a cozinhar e a provar comida
Não achem, porque estou a gostar, que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a seguir as instruções e a descobrir as diferenças
Um dia, posso vir a ser Chefe.

Quando me virem a pular, a saltar a correr e a movimentar-me
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender como funciona o meu corpo
Um dia, posso vir a ser médico, enfermeiro ou atleta.

Quando me perguntarem o que fiz hoje na escola
E eu disser que brinquei                                       Não me entendam mal
Porque a brincar, estou a aprender.
A aprender a trabalhar com prazer e eficiência
Estou a preparar-me para o futuro.

Hoje, sou criança e o meu trabalho é brincar.


fotografias devidamente autorizadas.
Ano lectivo 2009/2010 e 2010/2011

Educar pelo exemplo.

O ditado "Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço" já é muito antigo e infelizmente continua actual. Cada vez mais os adultos têm que estar  conscientes que as crianças estão sempre atentas aos nossos comportamentos. Por isso de pouco ou nada valem  os bons ensinamentos se depois no dia-a-dia fazemos exactamente o contrário daquilo que tão orgulhosamente preguamos. Este pequeno vídeo, considerado no You tube como o melhor de 2008, mostra-nos, de uma forma arrepiante, como (des)educamos pelos nossos exemplos.

Cem linguagens.

A partir de uma pesquisa efectuada para um trabalho da disciplina Metodologia Didáctica Geral e Específica sobre o modelo pedagógico Reggio Emilia, descobrimos este vídeo fantástico;no You Tube, que nos narra pela voz de várias crianças o poema de Loris Malaguzzi "Cem linguagens".